Senhora do Almurtão
A música da Senhora
do Almurtão é uma música tradicional das romarias de Idanha-a-Nova, distrito de
Castelo Branco. Esta música é cantada especialmente em
honra da santa padroeira de Idanha-a-Nova, a Senhora do Almurtão.
Gravação realizada no Conservatório Regional de Castelo
Branco
Piano -
Brian Farinha
Flauta
Transversal - Eliana Moreira
Violoncelos
- Catarina Marques e Inês Belo
Guitarras
- Cláudia Riscado e João Prata
Percussão
- César Martins e João Barata
Adufe -
Leonor Marques
(Agradecimentos: Conservatório Regional de Castelo Branco -
professores Ema Casteleira e Horácio Pio)
Letra da música cantada
pelos alunos
Senhora do Almurtão
A vossa capela cheira
Cheira a cravos, cheira a rosas
Cheira a flor de laranjeira
Olha a laranjinha
Que caiu, caiu
Num regato de d´água
Nunca mais se viu
Nunca mais se viu
Nem se torna a ver
Cravos à janela
Rosas a nascer
O Adufe
O adufe tocado na música interpretada pelos alunos é um instrumento musical português. É um pandeiro membranofone quadrangular. No seu interior são
colocadas sementes ou pequenas soalhas, a fim de enriquecer a sonoridade. Os lados do
caixilho medem aproximadamente 45 centímetros. O adufe é segurado pelos
polegares de ambas as mãos e pelo indicador da mão direita, deixando deste modo
os outros dedos livres para percutir o instrumento.
Foi introduzido pelos árabes, na Península Ibérica, entre os séculos VIII e XII. Hoje, encontra-se
essencialmente concentrado no centro-leste de Portugal (distrito de Castelo Branco), onde é executado exclusivamente por mulheres,
acompanhando o canto, sobretudo por ocasião das festas e romarias.
Adufe
Lenda da Senhora do Almurtão
Conta a lenda que um
dia, um pastorzinho andava a vigiar o seu rebanho e, no meio de uma murta, encontrou uma imagem de pedra que o encantou, a quem deu o nome de
“bonequinha”. Ele ficou tão contente que a meteu no seu saco,
para ir mostrá-la à mãe. Quando chegou a casa, contou à mãe o que se tinha
passado,
mas,
quando ia mostrá-la,
não a encontrou.
No dia seguinte, foi
encontrá-la de novo no meio da mesma murta e voltou a metê-la no seu saco,
mas quando chegou a casa não a encontrou outra vez. Esta cena repetiu-se várias vezes, até que o pastorzinho e a sua mãe contaram a amigos e
familiares. Todos os que souberam deste acontecimento acabaram por concluir que
a linda “boneca” era a Virgem, a quem deram o nome de Senhora do Almurtão.
Depois acabaram por construir uma capela em honra à Santa,
onde o pastorzinho encontrou a “boneca”.
Atualmente, no dia da
Senhora do Almurtão (feriado móvel, pois acontece na
segunda segunda-feira
após a Páscoa), cantam-lhe canções ao som do adufe, fazem procissões, há feira
e diversões para os mais novos….
Inês Belo, Cláudia Riscado, Catarina Marques, Eliana
Coelho, João Prata, João Barata, César Martins, Brian Farinha, Leonor Marques, 7.º B - FV
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